segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Blaise Pascal



''Jamais vivemos, mas esperamos viver; e, dispondo-nos sempre a ser felizes, é inevitável que jamais o sejamos'' . ''O coração tem suas razões que a razão não conhece'' .
Pascal, Os pensadores. Consulroria de Marilena de Souza Chauí. São Paulo: Nova Cultural, 1999.

Blaise Pascal foi um importante filósofo do século XVII. Morreu jovem aos 39 anos. Nasceu em 19 de junho de 1623, em Clermont-Ferrand, filho de Étienne Pascal, presidente da Corte de Apelação, e de Antoinette Bégon. Desde pequeno, apresentava espírito extraordinário pelas quetões que levantava sobre o mundo. Ficou órfão de mãe aos três anos de idade, para tanto, o pai, que era matemático, encarregou-se de sua educação. Pascal nunca frequentou qualquer colégio, porém não apenas na matemática revelou-se o gênio precoce de Pascal. Nas demais ciências realizou surpreendentes progressos e aos dezenove anos inventou a máquina aritmética, que permitia que se fizesse qualquer operação sem lápis nem papel, sem que se soubesse qualquer regra de aritmética, mas com segurança infalível. Aos 23 anos, tomou conhecimento da experiência de Torricelli (1608-1647) referente à pressão atmostérica e realizou uma outra, denominada "a experiência do vácuo''. Mais tarde ­ a partir de 1652 passou a estudar problemas matemáticos relacionados aos jogos de dados. Estudou ainda experiências e teorias estudadas também por Leibniz (1646-1716) e Newton (1642-1727). Ao conhecer Jacques Forton, senhor de Saint-Ange-Montcard, começou a discutir a bíblia, e teologia em geral. Em função de Cristo, Pascal estabelece a verdadeira relação entre os dois Testamentos: o Antigo revelaria a justiça de Deus, perante a qual todos os homens seriam culpados pela transmissão do pecado original; o Novo revelaria a misericórdia de Deus, que o leva a descer entre os homens por intermédio de seu Filho, cujo sacrifício infunde a graça santificante no coração dos homens e os redime. A idéia central de Pascal sobre o problema religioso é, portanto, a de que sem Cristo o homem está no vício e na miséria; com Cristo, está na felicidade, na virtude e na luz.
Basicamente, o pensamento de Pascal consistia nas questões religiosas. Ele dizia que o homém é indigno da felicidade, a vida é triste e contaminada por vícios e imperfeições, que não podemos fugir de nós mesmos e dessa realidade pois fomos condenados pelo Pecado Original (Adão e Eva possuíam a eternidade, porém, ao comer a maçã, ou seja, cometer o pecado, deu-se origem ao Pecado Original) . Por outro lado, é a razão que poderia nos salvar, com ajuda divina, e somente com ela.
Pascal era, ainda, moderadamente cético em seus pensametos: questionava, ao menos ligeiramente, a existência de Deus. Assim, mostrava-se também, racionalista.